Jogos Paralímpicos de Sochi começam no dia 7 de março e o Brasil será representado por dois atletas

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro

Fernando Aranha, do esqui cross country, será um dos representantes brasileiros em Sochi

Fernando Aranha, do esqui cross country, será um dos representantes brasileiros em Sochi

Os Jogos Paralímpicos de Sochi começam, oficialmente, daqui a 11 dias, em 7 de março, com a cerimônia de abertura. O Brasil, pela primeira vez na história, terá atletas na competição. No snowboard, disciplina estreante nos Jogos dentro do esqui alpino, o representante será o paulistano Andre Cintra, 34. No esqui cross-country, quem fará o debut brasileiro é o também paulistano Fernando Aranha, 35.

Andre teve a perna direita amputada após um acidente de moto, quando tinha 18 anos. O primeiro contato com o snowboard foi há quatro anos. Para se adaptar à modalidade, comprou uma prótese especial e, a partir de 2009, começou a competir. Andre foi o primeiro atleta brasileiro a conquistar uma vaga para os Jogos de Sochi. Em abril do ano passado, chegou à 18ª posição no ranking que classificou 32 snowboarders. Nesta terça-feira, 25, ele embarca para Suíça, onde fará a aclimatação final antes de chegar em Sochi, em 5 de março.

Fernando Aranha tinha contato com o esporte paralímpico antes de se aventurar na neve. O paulistano, que teve poliomielite e é cadeirante, já jogou basquete em cadeira de rodas, agora compete no ciclismo adaptado e no paratriatlo. Inicialmente, Aranha iria ao Jogos graças a um convite do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). No entanto, o atleta, em dezembro do ano passado, conseguiu os índices necessários e, agora, chegará na Rússia por méritos próprios. O brasileiro já está em período de aclimatação nas montanhas do Colorado (EUA) e deve chegar em Sochi em 1º de março.

Além dos dois atletas, o Brasil desembarca na Rússia com dois profissionais da área de saúde (uma médica e um fisioterapeuta) e seis oficiais técnicos e administrativos. A participação do país nos Jogos de Inverno só foi possível graças à uma parceira do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) com a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN).

O acordo entre as duas entidades, formalizado em maio do ano passado, visa o desenvolvimento de modalidades paralímpicas de inverno no país e consiste em apoio financeiro do CPB às iniciativas da CBDN no movimento paralímpico.

Os Jogos de Sochi vão reunir cerca de 600 atletas, de 44 países, durante nove dias de competição (8 a 16 de março). As modalidades do programa são biatlo, esqui cross-country, esqui alpino, hóquei e curling em cadeira de rodas. No total, serão 72 medalhas em disputa.

O CPB contará com uma equipe de comunicação em Sochi. Os jornalistas interessados em receber releases, vídeos-releases ou fotos devem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br.

Perfis dos atletas

Atleta: Fernando Aranha Rocha
Data e local de nascimento: 10/04/1978, em São Paulo
Peso: 76kg
Altura: 1,63m
Classe funcional: LW11.5 (sitting)
Provas em Sochi: 15km (9/3, 3h*), 1km (12/3, 3h*) e 10km (16/3, 5h45*)
História: Por causa de uma poliomielite, Fernando Aranha teve o movimento das pernas prejudicado aos 4 anos. Aos 16, um amigo sugeriu que praticasse basquete em cadeira de rodas. Foi, então, que ele fugiu do orfanato em que vivia e foi ao Ibirapuera para conhecer um time. Começou a praticar o esporte e, a partir daí, passou a experimentar outras modalidades. Hoje, além do esqui cross-country, compete no ciclismo adaptado e no paratriatlo.

Atleta: André Cintra Pereira
Data e local de nascimento: 22/03/1979, em São Paulo (SP)
Peso: 77kg
Altura: 1,80m
Classe funcional: lower limb impaired (deficiência nos membros inferiores)
Prova: 14/3, 3h*

História: Aos 18 anos, André sofreu um acidente de moto e teve de amputar a perna direita um pouco acima do joelho. Há quatro anos, se interessou pelo snowboard e resolveu tentar se aventurar no esporte. Apesar de ter praticado surfe e skate antes de perder a perna, teve dificuldades no início da modalidade na neve. Equilibrar-se utilizando uma prótese era muito difícil. Em uma viagem aos Estados Unidos, ficou sabendo que existia uma prótese apropriada para a prática do esporte. Com o equipamento certo e as técnicas melhoradas, começou a competir entre 2009 e 2010.

*horário de Brasília

Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Sochi 
Daniel Brito (daniel.brito@cpb.org.br ou 61 )
Nádia Medeiros (nadia.medeiros@cpb.org.br)